quinta-feira, 7 de julho de 2011

Battlefield 3 - Entrevista da DICE para a revista PSM3

Call of duty é um jogo de tiro, Battlefield é um simulador de guerra!

A seguir trechos da entrevista dos desenvolvedores de Battlefield 3 dada para a revista PSM3.



“Todo mundo quer que ocorra uma disputa entre nós (BF3 e MW3) – e eu compreendo – mas o problema é que se você diz que é uma “disputa”, você está assumindo que estão competindo no mesmo esporte.” Patrick Bach.

“Nós temos tantas coisas em nosso game que não faz parte de Modern Warfare, então a coisa parte muito para a preferência pessoal. Sua escolha parte do envolvimento que você deseja, do seu nível de maturidade, e do seu gosto pessoal. Nós estamos desenvolvendo um game que nós queremos jogar, e existem muitos fãs de Battlefield que concordam conosco.” Patrick Bach.

Aqueles que já jogaram Battlefield Bad Company 2, ou assistiram o assombroso demo ‘tank’ de Battlefield 3 e o gameplay ‘Black Tuesday’ de Modern Warfare 3 da E3, entendem o que ele quer dizer. Battlefield e Call of Duty – desconsiderando que compartilham de temas similares e são do mesmo gênero – são como giz e queijo (chalk and cheese, coisas ou pessoas que não tem nada em comum). Enquanto COD tem ênfase na adrenalina, com um estilo árcade, Battlefield é um shooter mais moldado, mais inteligente.



Para muitos, Battlefield Bad Company 2 continua sendo o melhor shooter online disponível; é uma mistura inteligente de jogo em equipe, puro tiroteio, combate de veículos ou destruição desenfreada, enquanto Call of Duty é uma opção mais linear. Por que estamos lhe dizendo essas coisas? Porque, em diversas maneiras, Battlefield 3 seguirá a linha de Battlefield Bad Company 2. Há melhoras e incrementos na fórmula padrão de BC2, e tudo junto e empacotado com a nova engine, a Frostbite 2, que faz o negócio ficar maravilhoso, mas o núcleo da experiência de Battlefield continua o mesmo (sem problemas, já que COD é sempre o mesmo do mesmo do mesmo).

Nós sentamos para algumas partidas de rush em Paris. Para os desavisados, o modo rush pede que você destrua uma série de objetivos: destrua as estações de M-COM na primeira parte do mapa, e a segunda parte do mapa é liberada. O jogo prossegue até os atacantes destruírem todos os objetivos ou até os defensores matar/explodir/esfaquear todos os atacantes, deixando-os sem tickets de respawn.

Paris é uma mistura bem apresentada de áreas abertas, junto com os corredores estreitos do metrô. Tudo é impressionante. Flores preenchem o caminho com suas cores, a água tremeluz e lá longe se vê a Torre Eiffel. Da quase pena de destruir o lugar.
A primeira coisa que os veteranos de Battlefield irão perceber é que a tela de spawn/respawn mudou. Você agora pode navegar pelas classes naquela tela, deixando a seleção de kits e a volta para a ação mais rápida. Mudanças mais significantes foram feitas nas classes.





O tradicional Medic se foi: foi agregado ao Assault todo o equipamento médico. A intenção é de prover assistência médica sem a necessidade de tirar poder de fogo de uma classe ou deixar a classe lenta, tendo que carregar uma M60 (como era a do Medic). Se você for abatido e o colega vier te reviver, você terá a opção de recusar a ajuda e esperar pelo seu respawn.

E quem substitui o Medic? Agora você tem a classe Support, que será o homem da big gun. No demo jogamos equipados com a M249 Ligth Machine Gun, uma besta feroz que possui seu próprio bipob (pé de apoio da arma) que funciona quando você se deita e pressiona o botão de mira. A animação é graciosa e muito satisfatória. No inicio achamos que a classe support seria apenas para fazer número, fazer chover bala e derrubar helicópteros, mas estávamos errados.

Support é o novo rei do sistema de supressão de fogo. Se alguém está lhe deixando sob uma chuva de balas, deixando seu personagem em stress, impossibilitando-o de sair desse local (claro que se você for habilidoso poderá se levantar e abater o supressor, tudo dependo do nível de habilidade seu e dele), você está em supressão de fogo e isso traz recompensa para o supressor, do mesmo modo que o spotting do sniper.

Então agora você é recompensado enquanto esbanja balas na direção do inimigo, obrigando-os a ficarem escondidos, enquanto seus colegas avançam sorrateiramente, para uma posição mais favorecida. Parece uma coisa sem muita relevância, mas quando os jogadores se acostumarem e aprenderem a utilizar essa tática, pode ser preparar para partidas mais inteligentes.

A classe Recon e Enginner permanecem sendo as mesmas, mas tendo opções mais amplas de customização. “Nós constantemente verificamos se as combinações de kits, armas e habilidades estão dando vantagem desleal” “Battlefield é um game de pedra-papel-tesoura – não é para ter uma bala de prata ou um combo que você pode usar para vencer”.

Cada área de Paris pede pelo uso inteligente de diferentes classes. Nós começamos com o Enginner e imediatamente corremos para um LAV-25, um novo brinquedo de BF3, similar aos APCs de BC2, com um canhão controlado pelo motorista, uma machinegun secudária e lugar para quatro passageiros. Dirigi-la da uma sensação de poder que nem um outro game pode replicar, mas pra nossa infelicidade, ele foi atingido por um míssil antitanque. Os danos nos veículos estão diferentes, agora um tanque ou um APC pode ser parcialmente inutilizado antes de ser destruído – ele não anda mais, mas as armas ainda podem estar operantes. Então, atingindo lateralmente o LAV-25 poderá fazê-lo parar, mas quem sabe não matará todos que estão dentro.

Nós só pedimos para parar quando um dos testadores QA da DICE nos deu a volta, destruiu a parede e nos esfaqueou pelas costas, reclamando nossas Dog Tags, onde se encontra a nossa ID da PSN, com uma pequena foto e estatísticas pessoais. Foi uma grande sacada, quando você rouba uma Dog Tag, parece que você ficou com algo realmente pessoal do jogador.

A DICE sabe que tem a fórmula de tornar divertido o ato de dar tiro na cara das pessoas. Eles sabem que sua engine faz tudo o que se vê no game parecer fantástico, e eles sabem que estão oferecendo muito mais conteúdo do que seus competidores. E há uma estranha verdade: o maior inimigo de BF3 não é o MW3, ou Killzone 3, ou Medal of Honor ou qualquer outro FPS. É o desconhecimento da qualidade do game, a criação daquele “estalo”, aquela excitação que faz você entrar de cabeça em algo novo; de fazer você sair daquele mundo online tradicional, e de arriscar sua reputação recomendando o jogo para os amigos, dizendo que eles vão amar o game. Modern Warfare já tem isso. Já possui uma marca estabelecida – para melhor ou para pior – com uma engine conhecida e sólida (é a mesma desde Modern Warfare 1), mesmo não sendo inovadora, já foi testada e aprovada por muitos jogadores.


O vídeo abaixo mostra um pouco a engine Frotbite 2 em acão!



Se é necessário fazer previsões agora mesmo, podemos dizer que Modern Warfare 3 irá vender mais do que Battlefield 3, mas BF3 será o melhor game.


Veja também:




3 comentários:

  1. AKI TEU BICO CHORÃO JOGADAÇO... falta quanto tempo pra lança esse jogo????

    am_dallglio

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  2. Lançamento dia 25/10/2011. Comprou BF3 não vai mais querer saber de outro FPS!

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