terça-feira, 7 de junho de 2011

Review Mortal Kombat PS3 X360

Mortal Kombat é uma franquia que marcou a infância de muita gente. Criado pela Midway no inicio da década de 90, o game se destacou dos demais jogos de luta por apresentar violência explicita e gráficos realistas para a época, mas o charme da série se perdeu com o passar dos anos, e os títulos mais recentes da série amargaram sucessivos fracassos.
Felizmente, a Warner decidiu dar uma chance ao game e comprou da falida Midway os direitos da franquia. Um dos criadores da série, Ed Boon, e outros ex-funcionários da Midway formaram o NetherRealm Studios, e encararam a difícil missão de dar um reboot nesta famosa série com milhares de fãs ao redor do mundo.
Com a ajuda de uma monstruosa campanha de marketing, a expectativa criada em torno do novo Mortal Kombat foi avassaladora. Felizmente, a novata NetherRealm Studios não se deixou intimidar, e colocou no mercado não só o melhor Mortal Kombat desde a triologia clássica, como também conseguiu fazer deste um dos melhores games de luta dos últimos tempos.
Embora muita gente o chame de Mortal Kombat 9, na prática o jogo é um recomeço para a série, e isso é explicado na história do game com uma viagem no tempo: prevendo a aniquilação de todo o plano terrestre, o deus do trovão Raiden (achei que era o Thor!) manda, do futuro, uma mensagem para si mesmo no passado. A idéia é que o Raiden (amigo do Solid Snake) do passado modifique os acontecimentos do torneio, para que uma novaa linha do tempo seja criada, e o futuro apocalíptico que ele anteviu não se concretize.
A idéia parece estranha, mas se encaixa muito bem na proposta de reinventar a franquia: no modo Story, o jogador passará por situações que acontecem durante os 3 games clássicos da série, e poderá reviver algumas batalhas épicas e rever antigos conhecidos como os grandalhões Goro e Kitano.
Este é o primeiro acerto do game: o modo Story é denso, relativamente longo e certamente vai fazer a alegria dos fãs antigos do game. Muita coisa é contada (ou recontada) neste modo, e vários fatos importantes da mitologia da série são reinterpretados (assim como a bíblia), ou ganham novas explicações, que caem muito bem na renovação proposta pelo jogo.

Por que Jax implantou braços robóticos? O que aconteceu com Kabal para ele ter de usar aquela máscara medonha? Qual é origem da guerreira Mileena? Qual o sentido da vida? Verde combina com amarelo? Estas são algumas questões que o modo Story vai lhe responder, tudo amarradinho em uma trama concisa que não é digna de um Oscar, mas certamente consegue te manter interessado do começo ao fim.
Outra modalidade offline que garante boa diversão é o Challenge Tower. Este modo conta com nada menos que 300 missões, que colocarão à prova sua perícia nos controles. Desde as clássicas fases de quebrar tora “Test Your Migth” até coisas como lutas de ponta cabeça ou combates sem braços!

Para quem quer mesmo é cair na porrada, há ainda o clássico modo Kombat – que desta vez conta com torneios em duplas – onde seu único objetivo é  detonar todos os adversários para chegar ao chefão final, que é novamente o imperador Shao Kahn, mais apelão do que nunca.

Todos esses modos de jogo rendem Koins (entendeu o trocadilho?), a moeda corrente do game, que podem ser trocadas por roupas, músicas, e mais uma infinidade de coisas na lojinha Kript.

E pancadaria é o que não falta neste game! Deixando de lado a abordagem 3D dos últimos games da série, o novo Mortal Kombat aposta na boa e velha jogabilidade 2D, sem armas, sem liberdade de movimentações 3D pelo cenário, sem free fall... enfim, sem frescuras!
Executar um x-ray attack consome toda a barra de especial, mas certamente é algo lindo de ver! O excelente visual do game fica ainda mais legal nestes momentos, onde podemos ver em detalhes ossos se quebrando e órgãos sendo perfurados. Não é algo que você vai querer mostrar pra sua mãe, mas seus amigos certamente irão delirar ao ver Kano enfiando suas facas nos joelhos do adversário, ou Goro moendo com as mãos o crânio do oponente.

Mais brutais que os x-ray attacks só mesmo os fatalities, e desta vez eles voltam com tudo: estão mais violentos, mais explícitos e mais variados.

Cada personagem conta com dois fatalities exclusivos, um stage fatality e um babality. Boa parte dos fatalities são inéditos, e mesmo os que foram refeitos, estão mais viscerais do que nunca.
Dadas as queixas de falta de violência do último game da série – Mortal kombat Vs. DC Universe (melhor seria Marvel Universe) – desta vez a coisa é realmente explicita. Desmembramentos, decapitações, explosões, tiros na cabeça: tudo é mostrado da maneira mais crua possível, e a câmera sempre se coloca em pontos estratégicos que mostra a carnificina em detalhes.

Há uma imensa variedade de stage fatalities. Alguns são clássicos – como a piscina de ácido – mas muitos deles são novos e bem violentos. Os babalities também foram modificados, e desta vez a versão baby dos lutadores executa alguma ação especifica que geralmente rende boas risadas.
Em resumo o novo Mortal Kombat sem dúvida cumpre o que prometeu: reinventa com louvor uma das maiores franquias de todos os tempos, e instantaneamente  a coloca no patamar dos grandes jogos de luta da atual geração. E o melhor faz tudo isso sem deixar de lado o passado e a mitologia da série. Depois de executar o primeiro x-ray attack, você vai entender porque este game era tão esperado. Uma série tão legal quanto Mortal Kombat merecia um recomeço digno.
Referência: Revista Arkade.

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