quinta-feira, 9 de junho de 2011

Review Portal 2

O primeiro Portal, lançado originalmente dentro de um pacote com outros jogos, foi curto e descompromissado, mas conseguiu deixar aquele gostinho de quero mais na mente de jogadores do mundo todo, com seus puzzles complexos e seu bom humor. Aos poucos o game assumiu um status de “cult” sendo venerado por público e critica como um dos melhores de 2007.

Na premiação Video Game Awards de 2010, Portal 2 foi eleito o jogo mais esperado deste ano, o que aumentou a expectativa dos fãs, e transformou o que era um simples puzzle, em um dos maiores lançamentos desse ano.

Se você tinha medo de a Valve ficar empolgada com a fama e errar a mão no desenvolvimento de Portal 2, fique tranqüilo: o game é tão bom quanto o original, e os acréscimos e inovações que o novo jogo traz tornam esta nova aventura por Aperture mais rica, mais profunda e muito mais divertida.

Tecnicamente o jogo cumpre bem o seu papel. Não apresenta gráficos de última geração, mas os cenários são amplos e muito dinâmicos. Por ser parte integrada da consciência da temperamental GlaDOS, o cenário é bem instável, e cada vez que você adentrar uma nova sala verá partes da estrutura sendo construídas em tempo real, com braços mecânicos carregando cubos e placas para lá e para cá.
Muitas vezes será preciso utilizar os portais ou cubos para levar um feixe de laser de um ponto a outro do cenário, e a solução nunca é tão simples quanto parece. Raciocínio lógico, reflexos rápidos e agilidade nos comandos serão requisitos essenciais para ultrapassar os puzzles mais avançados, que envolvem plataformas em movimento e variados tipos de obstáculos pelo caminho.

Depois de terminado o modo single player, poderá se aventurar no multiplayer, que começa logo onde termina a campanha solo, e definitivamente é a cereja do bolo de Portal 2. Presente pela primeira vez na série é tão legal, e combina tão bem com a proposta do game, que chega a ser estranho lembrar que o primeiro jogo não contava com este recurso.
No modo multiplayer (online ou offline), a protagonista Chell é deixada de lado para dar lugar a uma simpática dupla de robôs, Alfa e P-Body. O game leva o cooperativo ao pé da letra, e aqui você não terá de caçar o outro jogador, mas trabalhar junto com ele na resolução de desafios.

Jogando com outra pessoa a mecânica de jogo é drasticamente alterada, pois os puzzles foram pensados para quebrar a cabeça de dois jogadores. Você terá que ter uma química muito boa com seu companheiro, pois utilizar 4 portais simultâneos pode deixar a coisa um pouco confusa.
Felizmente a Valve pensou em algumas ferramentas que facilitam a comunicação entre os jogadores. Com uma simples combinação de botões você pode sugerir comandos para o seu parceiro, ou indicar lugares para ele mirar, interagir ou lançar um portal. Se vocês acabarem se separando no decorrer da fase, há um botão que permite você enxergar pelo ponto de vista do seu companheiro, o que ajuda para que vocês se encontrem.
É claro que rola sempre um pouco de trollagem no multiplayer, mas mesmo não sendo aconselhável, zoar um pouco com o outro jogador rende boas risadas. Deixando seu companheiro ir na frente, você pode criar armadilhas com seus portais, apenas pela diversão.

E já que falamos no fator diversão, vale resaltar que portal 2 é muito divertido, e o carisma dos personagens contribui muito para isso. Além do sempre afiado humor da GlaDOS, desta vez temos Wheatley, um robô que vai te fazer rir muito, pois está sempre soltando um comentário engraçado.

Portal 2 merece todo o hype e as boas criticas que vem recebendo. O game é inteligente, criativo e divertido como poucos, garantindo uma diversão acima da média, aliada a um poderoso teste de raciocínio e um modo multiplayer imperdível .

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